O avô deles dizia
para brincar e se divertir e ouvir os sinais da floresta e na aldeia
eles acordam muito cedo para eles aproveitarem o dia todo para
fazerem as tarefas da aldeia e ir para roça para eles pescarem. Mas
os pequenos não fazem essas atividades, ficam observando para
aprender a fazer as tarefas.
(João Victor
Pereira da Silveira)
O pai que cata
piolhos
Essa história conta
uma aventura de um índio que cata piolhos e em sua aldeia é papel
do homem educar menino nas artes da caça e da pesca . É o homem que
ensina e a comunidade toda educa. Um dia o seu filho pediu para ouvir
uma história de caça do pai. Um dia ele ficou de frente para uma
onça. Depois de muito tempo ouvindo a história de caça de seu pai,
ele contou que numa hora ouviu um barulho. Parecia de uma onça e
decidiu voltar para tentar pegar a onça quando notou que a onça não
estava na sua frente e sim atrás. Mas manteve a calma e quando notou
estava de frente para onça, mas uma coisa aconteceu: a onça fugiu
sem explicar onde foi...
(Gabriel - C13)
Catando piolhos,
contando histórias
Voltamos cedo das
atividades fora da aldeia. Nosso povo adora partilhar momentos. A volta
para casa sempre foi uma festa. Especialmente para nós,crianças.É
a hora de brincar, subir nas árvores ou então brincar de atirar
flechas para os céus ou nas árvores e bananeiras aos redores da
aldeia. Nós nos divertimos muito, mas tomamos muito cuidado. É o
momento de explorar o lugar de onde vivemos e conhecer os arredores.
Quando
cansados,vamos repor as energias em casa.Nessas horas, nossas mães
estão sentadas as frentes das casas,pintando rostos das pequenas
crianças.Quando ali chegamos, elas nos veem, e nos pegam no colo e
elas ignoram o mundo completamente. Cada mulher pega seu
menino-quase-homem ou sua menina-quase-mulher e os deitam sobre seus
colos para tirar piolhos de suas cabeças.
Nesse momento temos
a impressão de que o mundo para. E nós ficamos completamente
entregues aos carinhos de nossas mães, que não param de procurar
piolhos das nossas cabeças.
Numa dessas
tardes,no momento em que o sol iniciava sua descida para o reino dos
sonhos,minha mãe me chamou um tanto preocupada.Ela me deitou em seu
colo e fingia procurar piolhos,ela me dizia coisas que antes nunca me
havia dito.
-Você sabe que um
dia você irá crescer,não é?
Estranhei a
pergunta.
-Mãe,eu sei que eu
não vou ser desse tamanho para sempre.
Meu filho,a gente
não cresce só no tamanho.Quem cresce apenas no tamanho,não cresce
de verdade.
-O que a você quer
dizer?
-Que todas temos que
partir um dia.
-Partir?Mas para
onde?
-Não importa para
onde partimos. Por muitas vezes saímos de um lugar sem dele
sair.Outras vezes ficamos em um lugar,mas nunca estamos nele de
verdade.
-Mãe,a senhora está
me deixando confuso.
-O que quero dizer é
que um dia você terá que seguir seus próprios caminhos.
Meus amigos me
chamaram para brincar,e eu sai correndo para eles,mas não deixo de
notar o olhar de orgulho de minha mãe.
(Guilherme)
Outras histórias
Outro dia,numa
nova procuração de piolhos, minha mãe disse que não gostou nada
da minha atitude, de ter brigado com os meus amigos. mas ele
simplesmente não conseguia falar nada que se pudesse entender. e se a
minha mãe estivesse por lá ela saberia. o kuro e seu amigo
comeram uma fruta chamada manga que deixou ele mau e ele falou uma
língua estranha, só que não era nenhuma língua.
(Patrick Daniel
Rocha Silveira)
Catando
piolho
O pajé é um
conselheiro da tribo; o pajé o mais sábio que os outros da tribo.
Um dia ele reuniu
toda a tribo e a tribo contou como foi seu encontro com o espírito
da onça. Além do mais, ele estava se ausentando da aldeia pela
primeira vez e muito pouco sabia sabia dos perigos que a mata
escondia.
Pois ele contou que
começou ambos rumo a o desconhecido.
-Você veio atrás
de mim, pequeno homem? Sim, mãe da floresta. Vim atrás de você .
-O que quer de mim,
pequeno homem ? Que lucidez para entender os meus caminhos.
(Leonardo Melo
prestes C13 e Nicole
Rodrigues da Silva C12)
Quem
vive
O Chefe era uma
pessoa criticado por seu povo. Um dia uma pessoa falou:
-Temos fome!!!
-O que quer que eu
faça?
-Faça algo par seu
povo comer!
-Vocês não
trabalham, como querem comer? O chefe disse brabo.
Mas o chefe
pensou,pensou,pensou até dormir. Ele sonhou com uma planta e acordou
assustado e falou para sua esposa e a esposa disse:
-Sou eu a planta.
Você tem que me enterrar e me regar durante uma semana.
Quando foram longe
da vila ele enterrou a esposa e deu uma fruta.
(Tommy - B35)
O
saber das avós
A história
começa com o menino indo falar com a sua avó. Quando ele chega lá,
a sua avó pergunta se está tudo bem, porque ela via que ele estava
triste, então o chamou para conversar.
Então o menino
decide contar pra sua avó que brigou com o seu melhor amigo, pois
ele tinha o envergonhado na frente da menina que ele gostava (a
menina se chama Kaamá). O amigo disse que ele não era corajoso.
Então, ele ficou triste e envergonhado.
Então, a sua avó
decide tirar os piolhos dele enquanto conversa com o menino e acaba
dando um conselho para ele. Ela disse:
-Não é porque você
fez algo que exigia coragem que torna você corajoso, porque coragem
é olhar para si mesmo e ser capaz de tomar alguma atitude que seja
mais certa.
(Cristielli Lopes/
Turma:C11)
Catando
piolhos
Hoje eu
cresci.Eu conto histórias como quem cata piolhos na cabeça de quem
lê meus textos.
Uma vez ou outra
eu vou pra casa, para minha mãe fazer carinho na minha cabeça, e
depois vou na aldeia dos meus pais, para ouvir histórias sobre meus
pais.
Meu cabelo está
bem grande e eu continuo tendo piolhos, chamo os piolhos de
inquietações ,eles ainda andam pela minha cabeça.
Quando chego em
casa deito no colo dos meus pais para eles acariciarem minha cabeça
e também para mim pedir conselhos.
A mesma coisa
que minha mãe fazia comigo eu faço com meus filhos, que é
acariciar a cabeça dos meus filhos, eu falo que vou catar piolhos
mais o que eu faço mesmo é acariciar a cabeça deles.
Eu amo
acariciar o cabelo das crianças, eu aprendi muita coisa com a minha
mãe e não foi só com ela, foi com meu pai, meus avôs e avós ,
meus irmãos e irmãs e meus tios e tias.
Todos eles
tinham formas diferentes de contar histórias, mas todos usavam o
mesmo método de acolhida:catavam piolhos.
(Maria Gabriela
Silveira Rodrigues. Turma:C12)