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quinta-feira, 20 de outubro de 2016

RELEITURA DO LIVRO "CATANDO PIOLHOS, CONTANDO HISTÓRIAS", Daniel Munduruku e Maté

Brincar para aprender
O avô deles dizia para brincar e se divertir e ouvir os sinais da floresta e na aldeia eles acordam muito cedo para eles aproveitarem o dia todo para fazerem as tarefas da aldeia e ir para roça para eles pescarem. Mas os pequenos não fazem essas atividades, ficam observando para aprender a fazer as tarefas.
(João Victor Pereira da Silveira)
O pai que cata piolhos
Essa história conta uma aventura de um índio que cata piolhos e em sua aldeia é papel do homem educar menino nas artes da caça e da pesca . É o homem que ensina e a comunidade toda educa. Um dia o seu filho pediu para ouvir uma história de caça do pai. Um dia ele ficou de frente para uma onça. Depois de muito tempo ouvindo a história de caça de seu pai, ele contou que numa hora ouviu um barulho. Parecia de uma onça e decidiu voltar para tentar pegar a onça quando notou que a onça não estava na sua frente e sim atrás. Mas manteve a calma e quando notou estava de frente para onça, mas uma coisa aconteceu: a onça fugiu sem explicar onde foi...
(Gabriel - C13)


Catando piolhos, contando histórias
Voltamos cedo das atividades fora da aldeia. Nosso povo adora partilhar momentos. A volta para casa sempre foi uma festa. Especialmente para nós,crianças.É a hora de brincar, subir nas árvores ou então brincar de atirar flechas para os céus ou nas árvores e bananeiras aos redores da aldeia. Nós nos divertimos muito, mas tomamos muito cuidado. É o momento de explorar o lugar de onde vivemos e conhecer os arredores.
Quando cansados,vamos repor as energias em casa.Nessas horas, nossas mães estão sentadas as frentes das casas,pintando rostos das pequenas crianças.Quando ali chegamos, elas nos veem, e nos pegam no colo e elas ignoram o mundo completamente. Cada mulher pega seu menino-quase-homem ou sua menina-quase-mulher e os deitam sobre seus colos para tirar piolhos de suas cabeças.
Nesse momento temos a impressão de que o mundo para. E nós ficamos completamente entregues aos carinhos de nossas mães, que não param de procurar piolhos das nossas cabeças.
Numa dessas tardes,no momento em que o sol iniciava sua descida para o reino dos sonhos,minha mãe me chamou um tanto preocupada.Ela me deitou em seu colo e fingia procurar piolhos,ela me dizia coisas que antes nunca me havia dito.
-Você sabe que um dia você irá crescer,não é?
Estranhei a pergunta.
-Mãe,eu sei que eu não vou ser desse tamanho para sempre.
Meu filho,a gente não cresce só no tamanho.Quem cresce apenas no tamanho,não cresce de verdade.
-O que a você quer dizer?
-Que todas temos que partir um dia.
-Partir?Mas para onde?
-Não importa para onde partimos. Por muitas vezes saímos de um lugar sem dele sair.Outras vezes ficamos em um lugar,mas nunca estamos nele de verdade.
-Mãe,a senhora está me deixando confuso.
-O que quero dizer é que um dia você terá que seguir seus próprios caminhos.
Meus amigos me chamaram para brincar,e eu sai correndo para eles,mas não deixo de notar o olhar de orgulho de minha mãe.
(Guilherme)

Outras histórias
Outro dia,numa nova procuração de piolhos, minha mãe disse que não gostou nada da minha atitude, de ter brigado com os meus amigos. mas ele simplesmente não conseguia falar nada que se pudesse entender. e se a minha mãe estivesse por lá ela saberia. o kuro e seu amigo comeram uma fruta chamada manga que deixou ele mau e ele falou uma língua estranha, só que não era nenhuma língua.
(Patrick Daniel Rocha Silveira)

Catando piolho
O pajé é um conselheiro da tribo; o pajé o mais sábio que os outros da tribo.
Um dia ele reuniu toda a tribo e a tribo contou como foi seu encontro com o espírito da onça. Além do mais, ele estava se ausentando da aldeia pela primeira vez e muito pouco sabia sabia dos perigos que a mata escondia.
Pois ele contou que começou ambos rumo a o desconhecido.
-Você veio atrás de mim, pequeno homem? Sim, mãe da floresta. Vim atrás de você .
-O que quer de mim, pequeno homem ? Que lucidez para entender os meus caminhos.

(Leonardo Melo prestes C13 e Nicole Rodrigues da Silva C12)

Quem vive
O Chefe era uma pessoa criticado por seu povo. Um dia uma pessoa falou:
-Temos fome!!!
-O que quer que eu faça?
-Faça algo par seu povo comer!
-Vocês não trabalham, como querem comer? O chefe disse brabo.
Mas o chefe pensou,pensou,pensou até dormir. Ele sonhou com uma planta e acordou assustado e falou para sua esposa e a esposa disse:
-Sou eu a planta. Você tem que me enterrar e me regar durante uma semana.
Quando foram longe da vila ele enterrou a esposa e deu uma fruta.
(Tommy - B35)

O saber das avós
A história começa com o menino indo falar com a sua avó. Quando ele chega lá, a sua avó pergunta se está tudo bem, porque ela via que ele estava triste, então o chamou para conversar.
Então o menino decide contar pra sua avó que brigou com o seu melhor amigo, pois ele tinha o envergonhado na frente da menina que ele gostava (a menina se chama Kaamá). O amigo disse que ele não era corajoso. Então, ele ficou triste e envergonhado.
Então, a sua avó decide tirar os piolhos dele enquanto conversa com o menino e acaba dando um conselho para ele. Ela disse:
-Não é porque você fez algo que exigia coragem que torna você corajoso, porque coragem é olhar para si mesmo e ser capaz de tomar alguma atitude que seja mais certa.
(Cristielli Lopes/ Turma:C11)

Catando piolhos 
Hoje eu cresci.Eu conto histórias como quem cata piolhos na cabeça de quem lê meus textos.
Uma vez ou outra eu vou pra casa, para minha mãe fazer carinho na minha cabeça, e depois vou na aldeia dos meus pais, para ouvir histórias sobre meus pais.
Meu cabelo está bem grande e eu continuo tendo piolhos, chamo os piolhos de inquietações ,eles ainda andam pela minha cabeça.
Quando chego em casa deito no colo dos meus pais para eles acariciarem minha cabeça e também para mim pedir conselhos.
A mesma coisa que minha mãe fazia comigo eu faço com meus filhos, que é acariciar a cabeça dos meus filhos, eu falo que vou catar piolhos mais o que eu faço mesmo é acariciar a cabeça deles.
Eu amo acariciar o cabelo das crianças, eu aprendi muita coisa com a minha mãe e não foi só com ela, foi com meu pai, meus avôs e avós , meus irmãos e irmãs e meus tios e tias.
Todos eles tinham formas diferentes de contar histórias, mas todos usavam o mesmo método de acolhida:catavam piolhos.
(Maria Gabriela Silveira Rodrigues. Turma:C12)




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